A BIOQUÍMICA DO AMOR - Parte 1
Ah,
o amor! O que dizer deste sentimento poderoso capaz de inspirar e transformar
profundamente a vida de uma pessoa! Almejado por muitos, o amor ainda é um
grande desafio para boa parte da humanidade. Quem de nós nunca sofreu por amor,
não é verdade?
Mas
afinal, o que é o amor? Como esse sentimento nasce em nós e como se mantém? Ou
ainda, como o amor acaba, muitas vezes, sem motivo aparente? Na tentativa de
responder estas perguntas, a antropóloga Helen Fisher pesquisou durante anos a
bioquímica do amor e apresentou o resultado destes estudos no livro Por que Amamos – A Natureza Química do Amor
Romântico.
“O amor romântico é um sentimento humano universal, produzido por substâncias químicas e estruturas específicas que existem no cérebro.” Helen Fisher
Neste
livro ela nos apresenta uma série de experimentos científicos indicando que o
amor tem uma fórmula bioquímica básica que resulta da produção e interação de
determinados neurotransmissores em nosso organismo: dopamina, serotonina,
norepinefrina, oxitocina, vasopressina e testosterona.
Leia Também: A alma é um computador quântico conectado ao universo, afirmam cientistas.
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Esta
é a primeira parte deste artigo e nela vamos ver um pouco sobre os
neurotransmissores do amor, segundo Helen Fisher. Na segunda parte do artigo,
vamos abordar as fases do amor e como tudo isso pode tornar nossos
relacionamentos melhores.
NEUROTRANSMISSORES DO AMOR
DOPAMINA:
Tem
relação com o sistema de prazer e recompensas em nosso cérebro. Também está relacionada
com a capacidade de aprender novos estímulos.
Está ligada com processos de
dependência e vícios. É o neurotransmissor que estimula o desejo de sentir algo
prazeroso novamente, de repetir uma ação que gerou uma recompensa. Estimula a atenção
e concentração, promove o comportamento orientado para um objetivo. É o
neurotransmissor da perseverança.
Sentimos a dopamina em ação quando o assunto é amor nos momentos em que pensamos constantemente na pessoa
amada, dedicando grande parte da nossa atenção para ela. Aquela vontade incessante de reencontrar
a pessoa para sentir o prazer de estar na presença dela.
Em
altas doses, a dopamina produz hiperatividade, insônia, euforia, aumento dos
batimentos cardíacos e da frequência respiratória. Lembra aquele “frio na
barriga” quando você encontra a pessoa que gosta? E as “borboletas no estômago”?
Pois é, obra da dopamina!
O
excesso de dopamina também está relacionado com quadros de transtornos psicológicos
como os de ansiedade e obsessões (TOC). Quem não conhece um caso de paixão
obsessiva, ou até mesmo já viveu uma situação assim? É bem desagradável.
NOREPINEFRINA:
Derivada
da dopamina, ela estimula os estados de alerta, produzindo euforia, energia, insônia
e perda de apetite. Está relacionada com a capacidade de recordar estímulos
novos.
Tratando-se de recordar, você
já deve ter ouvido algo do tipo... “Ah, meu amor, lembro da primeira vez que eu
te vi, vocês estava vestido com a roupa X, usava um sapato assim, tocava a
música tal, você disse isso, isso e isso, o céu estava assim, etc, etc e etc...”
Quem
nunca fez aquele discurso de quem se lembra de toooodos os detalhes de um
encontro, que atire a primeira pedra!!!
SEROTONINA:
Regula
o humor, a digestão e o sono. Em níveis baixos, induz a estados de melancolia,
desinteresse pelo mundo ao redor e depressão. Muitos antidepressivos têm como finalidade
melhorar a concentração de serotonina no cérebro.
Em
seu livro, Helen demonstra que o aumento dos níveis de dopamina e norepinefrina
podem provocar uma queda nos níveis de serotonina. Em baixa concentração, a
serotonina desencadeia pensamentos obsessivos. Ela relaciona este fator com a
tendência compulsiva dos apaixonados ficarem “sonhando acordados” com
a pessoa amada.
TESTOSTERONA:
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgholMQOnp1Pu2qRw5rwJJJi7u-touvcAD9wQimoVMSfdv2KUtLr04EmXYTOhfxvSzKC_0GPzC0-LgvkQLvxU57gGN1ejgQ8BxhWtjnsZNSb8xt2yikY6-ei_l_P-443w-ukzWflRvUw7uw/s320/arqu%25C3%25A9tipos.jpg)
Helen
ressalta que homens com elevados níveis de testosterona se casam menos, tendem
a ser mais adúlteros, cometem mais abusos conjugais e se divorciam com mais
frequência. Quando a relação está instável, a testosterona aumenta, e se ocorre
o divórcio, os níveis deste hormônio aumentam ainda mais. Homens solteiros
possuem níveis mais elevados de testosterona que os homens casados.
Mas
o inverso também é observado: homens mais apegados à família apresentam a diminuição
de testosterona e quando nascem os filhos, estes níveis diminuem ainda mais.
Experimentos demonstraram que quando homens seguram bebês no colo, a
testosterona diminui.
O aumento nos níveis de testosterona podem diminuir os níveis de oxitocina e vasopressina.
OXITOCINA e VASOPRESSINA:
São
conhecidos como os “hormônios da satisfação”, fundamentais quando se fala de
relações com vínculo duradouro.
A
oxitocina está presente em ambos os sexos, porém em maior quantidade nas mulheres. Promove o
comportamento de cuidado e carinho com crianças, além do estreitamento dos
laços entre casais. Durante o parto ocorre a sua liberação, estimulando o vínculo
entre mãe e filho.
A
vasopressina, por sua vez, estimula o vínculo com o companheiro. Nos homens, ela aumenta
consideravelmente durante o orgasmo.
O
contato físico, como abraços, massagem e carícias desencadeia a produção destes
hormônios, provocando um efeito relaxante e prazeroso, o que estimula a
intimidade e a aproximação entre o casal. Nas mulheres, o orgasmo faz com que o
cérebro libere oxitocina.
Percebemos
quando a relação entre um casal não vai bem quando eles não se tocam, não se
beijam mais, por exemplo. Ou seja, não tem estímulo de oxitocina, e sem ela os
vínculos ficam enfraquecidos.
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